A fratura de rádio distal é uma das fraturas mais comuns no membro superior. Essa lesão costuma causar dor imediata, inchaço e hematomas, e pode também fazer com que o pulso fique em uma posição diferente da normal. Apesar de exigir alguns cuidados para ser solucionado, é importante destacar que esta lesão tem tratamento. Entenda abaixo.

Fratura de rádio distal

O problema ocorre no osso que chamamos de rádio, que é o maior dos dois ossos do antebraço. Na base desse osso, perto do punho, é chamada de extremidade distal. Quando essa extremidade se quebra do restante do osso, ocorre a fratura de rádio distal.

Em geral, essa fratura ocorre durante um acidente ou queda. Ao cairmos de uma bicicleta, por exemplo, temos a tendência de estender a palma da mão contra o chão para amparar a queda, situação em que a fratura pode ocorrer. Ela também pode surgir em um acidente de trânsito ou ao sofrermos algum impacto do tipo. No caso de pessoas que têm osteoporose, essa fratura se torna ainda mais comum. Isso porque a doença faz com que os ossos fiquem enfraquecidos, se tornando mais fáceis de quebrar. Para pessoas com mais de 60 anos e ossos frágeis em razão da osteoporose, uma queda simples pode ocasionar a fratura, por exemplo.

Tipos de fratura

Existem diferentes tipos de fratura de rádio distal, e é importante entender qual deles ocorreu em cada caso, porque o tratamento pode ser um tanto diferente para cada fratura. Confira os tipos:

• Fratura aberta: ocorre quando o osso rasga a pele, configurando uma fratura exposta. Nesses casos, o atendimento médico deve ser urgente, em razão do risco de infecção no local.
• Fratura cominutiva: nesse caso, o osso fica quebrado em mais de dois pedaços. 
• Fratura intra-articular: nessa lesão, a fratura se estende para além do antebraço e atinge também a articulação do punho.
• Fratura extra-articular: nesse caso, a fratura ocorre apenas no osso do antebraço, sem afetar a articulação do pulso.

Como tratar a Fratura de rádio distal

O diagnóstico deve ser feito por um ortopedista, de preferência um especializado em mão. O profissional pode solicitar exames para confirmar a fratura e ,conforme as características da lesão e a gravidade do caso, indicará o melhor tratamento. 

Em resumo, o tratamento para a fratura consiste em posicionar os pedaços de ossos nos lugares corretos e mantê-los assim até a cicatrização. Isso pode ocorrer de algumas formas. 

O médico pode precisar realinhar os pedaços do osso por meio de uma manobra de tração e contra-tração (manobra de redução). Depois de alinhar os fragmentos de ossos, é colocado gesso, tala ou algum item que ajude a deixar a região imobilizada.

Em outros casos, quando os fragmentos estão muito desalinhados ou o osso muito fora do local correto, pode ser indicada a cirurgia. No procedimento, o médico faz um corte e consegue acessar o osso quebrado, melhorando o alinhamento da região. Isso previne problemas de desalinhamento futuro no local. Em alguns casos, pode ser necessário utilizar parafusos ou placas internamente, para manter o osso na posição correta, até a cicatrização.

No caso de fraturas expostas, a cirurgia sempre será necessária para que o médico possa fazer a limpeza correta de toda a região que ficou exposta, incluindo pele, tecidos e osso.

Sobre o Dr. Otávio Sodré

Médico formado pela Universidade Católica de Pelotas com atendimento em Porto Alegre/RS. Possui Título de especialista em Ortopedia e Traumatologia pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e Título de especialista em Cirurgia da Mão pela Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão. Experiência nas áreas de Tendinites, Artroscopia, Fraturas, lesões de tendões e nervos e dedo em gatilho, entre outros. Clique aqui e agende sua consulta. 

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